quinta-feira, 28 de julho de 2011

A classificação dos tipos sanguíneos (A, B, O) permitindo transfusões com segurança

No século XVI, Willian Harvey, um médico britânico foi o primeiro a descrever corretamente como o sangue era bombeado por todo o corpo pelo coração. No século seguinte, pesquisas mais sofisticadas sobre transfusão de sangue começaram envolvendo animais. Porém, as tentativas com seres humanos continuavam sendo fatais.
As primeiras transfusões de sangue foram feitas em animais no século XVII por Richard Lower, em Oxford, em 1665.
Em 1667, Jean Baptiste Denis , médico de Luis XVI, através de um tubo de prata, colocou um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente, com problemas mentais, que faleceu após a terceira transfusão. Na época, as transfusões eram heterólogas (entre espécies diferentes) e Jean B. Denis defendia sua prática afirmando que o sangue de animais não estaria tão contaminado de vícios e paixões. Esta prática foi considerada criminosa e proibida.
Em 1788, Pontick e Londois, obtiveram resultados positivos realizando transfusões homólogas (doador compatível), chegando à conclusão de que poderiam salvar vidas.
Porém, no final do século XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam um mistério para os cientistas.
Em 1901, Karl Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais tarde a AB. Como conseqüencia dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam resultados desastrosos, culminado com a morte do receptor e assim podendo realizar transfusões com segurança. A primeira transfusão com doadores compatíveis, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber, mas este procedimento só passou a ser utilizado em grande escala a partir da Primeira Guerra Mundial.

Andreza Grasselli

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